A Tristeza dos Mentores
- Sim, meu filho,
um Mentor também se entristece, mas saiba que é diferente da tristeza que vocês
sentem.
- Como assim
diferente, meu pai? Tristeza não é tudo igual?
- Nós nos
entristecemos, mas não com sofrimento, pois o sofrimento vem quando sabemos que
poderíamos ter feito mais, e nós sempre fazemos tudo que é possível, tudo que é
permitido. Então somente ficamos tristes por não atingirmos os objetivos que
dependem da compreensão de cada Individualidade, ou de cada Personalidade.
- Entendo, mas o
senhor poderia dar um exemplo, para que eu possa escrever sobre isso?
- Sim, meu
filho... Nenhuma pessoa se aproxima de outra se não houver um motivo. Grande
parte das vezes é por afinidade vibratória, e outras tantas pelos reajustes.
Saiba, meu filho, que todo reajuste é planificado pelos espíritos envolvidos de
maneira que possam aprender alguma coisa e reequilibrar um charme do passado
com amor. Sim, com amor! Porque cada reencontro, por mais doloroso que possa
parecer, tem uma finalidade produtiva para ambas as partes. Às vezes nós, aqui no
Plano Espiritual, nos esforçamos para auxiliar que dois caminhos se encontrem.
Que duas pessoas que necessitam reajustar possam estar próximas e em situações
que permitam a superação dos defeitos de caráter de cada um. A tristeza chega
para nós quando todos os esforços são vencidos pelo orgulho pessoal, pela
arrogância, pela falta de compreensão e pelo desejo inconsciente de voltar à
velha estrada. Então nos entristecemos, pois sabemos que a lição não foi
aprendida.
- Então o
reajuste não é realizado, e as pessoas terão que reencarnar novamente para
reajustar a oportunidade que perderam?
- Não meu filho!
O reajuste é sempre realizado, não tenha dúvidas. Mas sempre há a possibilidade
do reajuste por amor, e, nestes casos, o reajuste é realizado pela dor. A mágoa
acaba reequilibrando as energias. Os encontros e reencontros acontecem para que
os envolvidos possam ultrapassar os limites do simples reajuste, para que
possam aprender algo e realizar com amor o reequilíbrio do passado. É a lei do
Perdão de Nosso Senhor Jesus Cristo. Porém, quando o amor é vencido pelos
sentimentos negativos ou mesmo pelas influencias dos irmãozinhos, volta-se à
velha estrada do dente por dente, olho por olho e quem pode cobra, quem deve
paga.
- Então sempre
podemos reajustar por amor, pelo perdão, mas quando “terminamos mal”, acabamos
reajustando pela dor. É isso meu pai?
- Sim filho. Por
isso a importância de procurar compreender o outro, de colocar-se “nos seus
sapatos” e entender, mesmo que não concorde com as atitudes e palavras. Assim,
buscando o entendimento de como o outro está pensando, podemos perdoar, quando
requer perdão, ou pedir perdão. Aliás, pedir perdão é sempre recomendável
quando o coração compreende. Pedir perdão não é sinal de fraqueza ou de
concordância com o outro. É o reconhecimento da compreensão e a nova Lei de
Nosso Senhor Jesus Cristo, na sua Escola do Caminho.
Pai
Joaquim das Cachoeiras
Templo
Anavo do Amanhecer
Cochabamba
(Bolívia), 21 de julho de 2013.
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